RIO GRANDE DO SUL REGISTRA VÁRIOS ESTRAGOS POR CONTA DO TEMPORAL DESSA MADRUGADA.

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As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a noite de domingo (28) já causaram duas mortes. A situação piorou na madrugada desta terça-feira (29), quando as precipitações atingiram 200 milímetros.

Os mortos ainda não foram identificados pela Defesa Civil. São dois idosos, de 69 e 65 anos, em Paverana, no Vale do Taquari. Eles estavam num carro arrastado pela enxurrada durante a tentativa de atravessar uma ponte já coberta pela água.

No mesmo dia, um tornado atingiu a cidade de São Martinho da Serra, no centro do estado, e causou danos materiais, destelhando dezenas de casas e levando famílias inteiras a ficarem desabrigadas.

A Defesa Civil do Estado disparou um alerta ainda no domingo sobre a possibilidade de inundações, quedas de barreiras e fortes chuvas para toda esta semana. Também informou, na manhã desta terça-feira (30), que há 127 pessoas em abrigos públicos no estado e outras 107 desalojadas que saíram de casa e procuraram abrigo em casas de parentes e amigos.

As autoridades orientam a população a adotar medidas preventivas como permanecer em casa, evitar atravessar áreas alagadas ou inundadas e prestar auxílio a pessoas vulneráveis (idosos, pessoas doentes ou com dificuldade de mobilidade).

Em seu alerta, a Defesa Civil informa que as instabilidades se intensificam na Metade Sul, Costa Doce e Região Metropolitana de Porto Alegre, com chuva intensa (volumes que devem passar dos 90 mm/dia), descargas elétricas, eventual queda de granizo e ventos fortes, devido ao avanço de uma frente fria sobre o oceano.

Nas demais áreas do Rio Grande do Sul, também há chance de temporais pontuais. Além disso, há risco de rajadas de vento em grande parte do estado, variando entre 55 e 70 km/h, devendo isoladamente ficar acima dos 80 km/h durante a atuação das instabilidades.

A tendência é que na quarta-feira (1º), as instabilidades sigam atuando em praticamente todo o Rio Grande do Sul, com risco de temporais, por conta do lento deslocamento da frente fria sobre o oceano e ao fluxo de umidade vindo do Norte do país.

Na Campanha, Sul, Centro, Missões, Vales, RMPOA e Litoral Norte os acumulados variam entre 50 e 70 mm/dia, podendo passar pontualmente enquanto as instabilidades atuam sobre as regiões. As rajadas de vento variam entre 40 e 50 km/h, passando dos 60 km/h durante a atuação das instabilidades. Os acumulados poderão variar entre 80 e 100 mm sobre grande parte do Rio Grande do Sul e até passar pontualmente dos 120 mm no Sul, Campanha e Costa Doce. Além disso, há risco de eventual queda de granizo e rajadas fortes de vento sobre parte do estado.

Também há risco para inundação nas bacias Ibicuí, Quaraí, Santa Maria, Negro, Vacacaí-Vacacaí Mirim, Camaquã, Mirim-São Gonçalo e Baixo Jacuí. Assim como é indicada a condição de Alerta para as bacias Butuí-Icamaquã, Piratinim, Ijuí, Alto Jacuí, Pardo, Taquari-Antas, Caí, Sinos, Gravataí, Guaíba, Tramandaí e Mampituba.

Energia elétrica

O Rio Grande do Sul está com 115 mil pontos sem luz. Segundo informações da Rio Grande Energia, são 58 mil clientes sem energia elétrica. Os danos foram provocados por galhos, árvores e objetos arremessados pelo vento. As regiões mais afetadas são Vale do Rio Pardo, Vale do Taquari, Vale do Sinos e Serra.

Já na área de concessão da CEEE Equatorial, há 57 mil locais sem luz. Os municípios apontados como mais afetados foram: São Jerônimo, Camaquã, Guaíba, Viamão, Terra de Areia, Dom Feliciano, Porto Alegre, Candiota, São Lourenço do Sul e Torres.

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